Itens que garantem
qualidade de vida, como transporte público, saúde, educação, cultura e
tecnologia, são levados em consideração
O que uma cidade
deve ter para permear os sonhos de quem busca o local ideal para viver? Uma boa
infraestrutura é quesito fundamental e prioritário, como um sistema e
transporte público que atenda às necessidades da população. Porém, a lista de
desejos é bem maior e passa pela questão da segurança, da saúde, da
oportunidade de emprego, educação e até mesmo o lazer que ela pode
proporcionar. São muitos os critérios e a cidade que parece ser a ideal para
morar é a que consegue reunir o máximo deles. Maringá, no Paraná, e Viena, na
Áustria, são apontadas como as melhores para se viver no Brasil e no mundo.
Uma cidade se torna
atraente quando ela permite desenvolver o potencial da população. “Ela deve ter
um modelo de descentralização para que se gaste o menor tempo possível de
deslocamento, uma boa infraestrutura de serviços, acesso à cultura para que ela
dê sentido à vida das pessoas”, afirma James Wright, professor de Estratégia da
USP e coordenador do Profuturo-Fia. Ele acrescenta que as cidades de médio
porte têm se tornado bons lugares para morar. “Elas conseguem um equilíbrio
entre os elementos que embasam a relação da cidade com a população, que é a
tecnologia, educação, cultura e lazer”, diz.
Curitiba (Foto: Shutterstock) |
André Gomyde,
presidente da Rede Brasileira de Cidades Inteligentes e Humanas, reforça a tese
de que uma cidade boa para se viver, de uma forma geral, é aquela que cuida de
seus habitantes. “É o lugar que a prefeitura cuida da cidade como um síndico
cuida deum condomínio. O lugar deve oferecer mobilidade urbana e um clima
bacana”, explica. Apesar de a tecnologia ter cada vez mais tomado o espaço de
aliada nas questões de infraestrutura, saúde e segurança de uma cidade, Gomyde
reforça, no entanto, que esse não é o único fator importante. “O aspecto humano
é mais importante que o tecnológico. É necessário compreender o lado da
tecnologia, mas sem perder o humano”, completa.
No Brasil, Maringá,
no Paraná, foi eleita a melhor cidade para se viver. O levantamento da
Macroplan levou em consideração as 100 maiores cidades, que representam apenas 1,8%
total dos municípios brasileiros, mas que concentram a metade do Produto
Interno Bruto (PIB) do país. “Existem dois pontos importantes. Na lista das top
10 (consultar box), oito municípios estão localizados no interior de São Paulo,
confirmando a disparidade. E o outro é que as cidades de médio porte estão com
bom desempenho, já que quatro das cinco primeiras colocadas (com exceção de São
José dos Campos) têm menos de 500 mil habitantes”, explica Adriana Fontes,
economista sênior da Macroplan e coordenadora do estudo.
Florianópolis (Foto: Shutterstock) |
Para ela, no cenário
de crise no Brasil, as cidades que conseguem se destacar são justamente as que
conseguem fazer um bom uso dos recursos. “É importante ter transparência e
capacidade de fazer escolhas por políticas que influenciam na qualidade de vida
da população, além de adotar boas práticas”, complementa.
Já uma pesquisa da
Mercer apontou as melhores cidades para se viver no mundo, levando em consideração
não a qualidade de vida nacional, mas com padrões internacionais. O estudo
conta com mais de 400 cidades e 231 foram rankeadas, sendo quatro brasileiras,
tendo como base de comparação Nova York, nos Estados Unidos. Foram analisados
10 categorias de cada lugar. Viena, na Áustria, foi considerada a melhor cidade
para se viver, seguida de Zurique,na Suíça, e Auckland, na Nova Zelândia.
Viena (Foto: Shutterstock) |
“Essas três têm boa
pontuação em todas as categorias, mas se destacam em relação ao ambiente
político-social e saúde e médica, já que não contam com nenhum surto ou
epidemia como foi a dengue e Zika no Brasil em 2016”, analisa Indre Medeiros,
líder de Prática de Mobilidade do Brasil da Mercer. “Viena ainda se destaca com
pontuação elevada nas acomodações, Zurique nas escolas e condições de
transporte e Auckland, no ambiente natural”, completa.
Já em relação ao
Brasil, quatro cidades foram rankeadas: Brasília (109
lugar), Rio de Janeiro (118), São Paulo (121) e Manaus (127). “Brasília teve
maior pontuação no ambiente natural, por conta da questão climática e por não
ter histórico de desastres naturais. Rio de Janeiro e São Paulo são similares,
chamando atenção pela disponibilidade de bens de consumo e pela qualidade
internacional das escolas. Já Manaus apresenta de menos crítico o ambiente
sócio-político, mas ainda assim tem pontuação menor do que Nova York”, diz
Indre Medeiros.
Zurique (Foto: Shutterstock) |
Melhores cidades
para viver no Brasil
(Foto: Noelly Capovilla/ZAP em Casa) |
Melhores capitais
para viver no Brasil
(Foto: Noelly Capovilla/ZAP em Casa) |
Melhores cidades
para viver no mundo
(Foto: Noelly Capovilla/ZAP em Casa) |
Fonte : ZAP em Casa
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