Lista traz nomes das
regiões sul, oeste e central; moradores comentam os pontos positivos e
negativos
“Ter tudo em um só
lugar”. Essa é a frase recorrente de quem está à procura de um lugar para
morar. E, consequentemente, bairros que “preenchem” uma lista importante de
requisitos tornam-se os mais badalados da cidade. Em São Paulo é assim.
Segundo a corretora
de imóveis Monique Tonini, os locais mais valorizados da capital paulista são
aqueles com boa mobilidade urbana e infraestrutura em geral. “O morador quer
fazer suas coisas à pé, desde as mais simples, como ir ao banco ou ao
supermercado, até outras de lazer, como ir a parques e restaurantes. São
valores importantes hoje em dia”, comenta. Quase todos os bairros “badalados”
têm em comum o alto valor do metro quadrado. É que a cobiça pela região eleva o
valor do imóvel. A especialista listou alguns “queridinhos” de São Paulo e seus
moradores deram sua opinião sobre o local em que vivem. Confira:
Pinheiros, zona
oeste
Largo da Batata (Foto: Shutterstock) |
Um dos bairros
“queridinhos” e planos da zona oeste, está localizado ao longo do rio Pinheiros
e é um dos mais antigos da cidade de acordo com a Prefeitura de São Paulo. É
reduto da classe média e tem comércio bastante diversificado, com lojas de
roupas, sapatos, móveis, bancos e restaurantes.
A vida cultural de
Pinheiros também é intensa. O local abriga bibliotecas, livrarias, casas
noturnas e bares, feira de artes e antiguidades, academias de dança, entre
outros.
Opinião do morador:
Eu amo Pinheiros. Já morei em cinco bairros diferentes da cidade e nenhum me
agradou tanto. Adoro o fato de que as ruas são tranquilas e familiares, e ao
mesmo tempo você está a minutos de caminhada de restaurantes, bares e centros
culturais. São tantas coisas para explorar que acabo ficando quase sempre no
bairro. Eu frequento bastante o comércio e utilizo algumas praças do entorno.
Muitos eventos ocorrem no Largo da Batata, e é legal estar perto. O metrô e as
linhas de ônibus nas avenidas principais facilitam o acesso a outros bairros.
As quedas de energia frequentes na região são um pouco chatas. Elas não duram
muito, mas se fosse possível eu mudaria isso. Eventualmente, quando chove, a
energia cai. (Natalia Julio, gerente de conteúdo)
Jardins, zona oeste
Rua Oscar Freire com a Consolação (Foto: Shutterstock) |
O bairro é conhecido
por abrigar lojas de grifes internacionais, museus, restaurantes, shoppings,
bares e hotéis. É uma reunião de quatro sub-bairros: Jardim Paulista, Jardim
América, Jardim Europa e Jardim Paulistano, além de trechos de Cerqueira César.
As opções de imóveis são boas, especialmente para quem se interessa por plantas mais
generosas na arquitetura. O bairro dá acesso as principais vias da cidade.
Opinião do morador:
O que eu mais gosto do bairro são os restaurantes e cafés. Apesar da pequena
distância, é fácil o acesso ao parque Ibirapuera.
As ruas são muito arborizadas e tranquilas. O metrô mais próximo é o da Avenida
Paulista e, na realidade, não é assim tão próximo para quem mora mais para a
região sul do bairro. A Avenida Brigadeiro Luís Antônio, que corta o bairro,
tem bastante oferta de linhas de ônibus, mas geralmente os percursos incluem
muitas voltas pela região. (Nádia Roque, secretária)
Centro, região
central
Praça da Sé (Foto: Shutterstock) |
Vida noturna
agitada, prédios e casas com arquitetura histórica, restaurantes e mais
restaurantes, estações de metrô…A região central de São Paulo, especialmente os
bairros Santa Cecília, Sé e República está na mira de construtoras e empresas.
Os bairros ainda carregam a sensação de insegurança para muitas moradores e
visitantes, mas estão qualificados como bairros em potencial.
Opinião do morador:
O que mais gosto da região central é que tem tudo por perto: farmácia, padaria,
supermercados, metrô, ônibus, bares (…) Dá para fazer tudo à pé. Quando o
destino é mais longe, uso o transporte público, que é bem eficiente. Mas ainda
me sinto próximo de tudo. O que eu menos gosto é o barulho e a sensação de
insegurança por causa da população de rua, parte dela viciada em crack. (
Gabriela Reis, produtora cultural)
Vila Madalena, zona
oeste
Beco do Batman (Foto: Shutterstock) |
Bairro conhecido
pela “badalação, referente à imensa quantidade de bares, restaurantes e casas
noturnas, tem vida cultural muito rica e agitada. Praças bem cuidadas e que
viraram point de grupos musicais, que tocam samba, chorinho, jazz e vários
outros ritmos aos finais de semana. No alto do bairro, predominantemente
ocupado de casas, a vista para o resto da cidade é um convite ao por-do-sol. É
possível perceber projetos de arquitetura assinados espalhados pela região.
Opinião do morador:
A Vila Madalena tem de tudo um pouco. Minha casa fica exatamente no meio do
bairro, e apenas uma rua me separa do movimento intenso noturno, que é a maior
reclamação dos moradores. A estação de metrô atende parte do bairro, mas as
ladeiras podem ser um impeditivo ao acesso – e muita gente prefere esperar pelo
ônibus a subir e descer as ruas, muito íngremes em certos trechos. (Gustavo
Feijó, engenheiro)
Vila Nova Conceição,
zona sul
Parque do Ibirapuera (Foto: Shutterstock) |
Um dos bairros mais
caros da cidade quando se fala em preço de m². Seu ponto alto é a proximidade
do parque Ibirapuera.
Abriga prédios de luxo, galerias de arte, sede de empresas internacionais,
shoppings, bares e restaurantes de alto padrão.
Opinião do morador:
Tranquilidade é uma das maiores virtudes da Vila Nova Conceição. O que mais
gosto é que o Parque Ibirapuera está ao lado, o bairro tem boas opções de
restaurantes (…) Os eventos são todos no Ibirapuera. Não há ciclovias dentro do
bairro, apenas em Moema e ao redor da Vila Nova Conceição. O trânsito é o maior
problema e, na maior parte das vezes, é reflexo do bairro Itaim, que fica
próximo. (Caio Moralles Carletti, advogado).
Fonte: ZAP em Casa
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